A doença de Peyronie é também conhecida como distúrbio do “pênis torto”. Trata-se do surgimento de um curvatura significativa no corpo do pênis, que pode, inclusive, impossibilitar a relação sexual.
A doença de Peyronie ainda não tem suas causas identificadas, e ainda são necessários muitos estudos para poder determinar os motivos que levam um homem a desenvolvê-la. Mas já sabemos algumas coisas importantes sobre ela e, por isso, vou explicar neste artigo.
Como acontece a doença de Peyronie?
Essa doença se caracteriza pela formação de placas fibrosas (enrijecidas) nos corpos cavernosos do pênis. No ponto onde a placa surge, o pênis não consegue distender-se para a ereção. O resto do corpo do pênis se distende normalmente, enquanto a região onde está a placa fica encolhida. Por isso, cria-se uma curva sempre na direção da placa. Ou seja, se a placa estiver na parte de cima do pênis, ele entortará para cima. Se estiver na lateral esquerda, para esse lado será a curvatura.
O desenvolvimento da doença é lento e doloroso, podendo levar um ano até a estabilização da curvatura. Dependendo do ângulo da curvatura, a doença de Peyronie pode até mesmo impossibilitar as relações sexuais, prejudicando grandemente a qualidade de vida do casal e do próprio homem.
Há também os casos em que surge mais de uma placa no corpo do pênis. Ou seja, podem desenvolver-se múltiplas curvaturas em mais de uma direção.
E quando é a hora de investir no tratamento cirúrgico?
A doença de Peyronie passa por vários estágios até sua estabilização. Por isso, antes de se entrar com a cirurgia, é essencial fazer um exame de ultrassom com doppler dos corpos cavernosos. Esse exame mostrará tudo o que se passa dentro do pênis durante uma ereção induzida, e isso dará ao médico e ao paciente algumas informações importantes, como:
- a existência de fibrose, se são superficiais ou profundas;
- se existe algum problema de ereção vinculado;
- a qualidade da vascularização do pênis, ou seja, como está a circulação sanguínea na região genital.
Essas e outras informações possibilitam ao médico determinar precisamente o estágio da doença em que o paciente se encontra. Conhecer esse estágio atual da doença é primordial porque só se deve partir para o tratamento cirúrgico uma vez que as placas fibróticas tenham se estabilizado. Nos casos ainda instáveis, a indicação não é a cirurgia, mas as medicações orais.
E a prótese peniana? É o único jeito?
Quando se faz a cirurgia de Peyronie, existe a possibilidade de aproveitar-se o mesmo procedimento para a colocação de uma prótese peniana. Mas essa colocação é obrigatória?
E a resposta é não. Não se trata de uma obrigatoriedade, sem a qual não haverá solução… Mas investir ou não na prótese peniana deverá ser um assunto discutido com calma pelo médico e seu paciente, estando este último bem orientado sobre os prós e contras de implantar ou não a prótese na mesma cirurgia para correção da doença de Peyronie.
Converse com seu urologista. Se ficou com alguma dúvida, procure atendimento e esclareça. Eu estou aqui para ajudá-lo.